A intensidade é uma
doença contagiosa. E eu não concebo a vida sem contágios. Sei sobre a dor da
solidão, a falta de ar, perda de chão. Sei que nada mais vai ter importância.
Sei que o mundo vai ficar pequeno e perder o sentido... Sei de tantas coisas e
desconheço tantas outras...
Sei sentir falta, mais não sei lidar com ela.
Mantenho um sorriso
idiota e quase bobo - eu sei que é o melhor que faço quando não quero sorrir -
que é meu melhor disfarce e ninguém percebe.
Eu enfrentei a chuva e desafiei o vento, mais é tão doloroso quando não se
sabe medir a força. Eu tenho propensão a criar temporais particulares.
Eu sai no meio de um temporal - Cadê as estrelas?! - eu
gritava pro céu no meio da chuva. Sem lua, sem brilho, sem ar. Ainda não aprendi a
dançar na chuva
Falta oxigênio as vezes, dói respirar... Dói viver... com
dores, de amores, dói.
Dói ferir, precisar, magoar, voltar... Dói sentir aquilo
tudo de novo. E não! Não me diga que será diferente, dessa vez, todas as outras
também eram para ser.
Também não me venha com essa de que é uma fase e que todo
mundo já foi assim. Éh? Se foi, foram-se tarde! Não me interessa os outros, não
mais.
Eu só estou pensando nisso aqui, e por que razão ninguém me disse...Ninguém vive uma paixão impunemente.
E meu céu?! - Talvez você se pergunte - ainda sem estrelas....